sábado, 2 de novembro de 2013

Dr. Jekyll e Mr. Hyde

Ando numa de Clássicos. Quero dizer, para quem já leu os meus posts anteriores talvez isto não seja nenhuma surpresa. Mas, por muito que goste de um bom livro, volumoso ou fino, há certas obras que, sinceramente, me fazem duvidar do bom senso das pessoas que criaram o termo "Clássico".
Se há uma coisa que me enerva numa história, é a lamechice. Não se enganem ao pensar que eu não gosto de romance. Uma boa história de amor é um manjar dos Deuses para os meus olhos todos os dias. Agora, quando se dá ao caso de uma personagem ser fraca para acarretar com os problemas do dia-a-dia, desculpem mas a vontade que me dá é fechar o livro e não o voltar a ler.
E geralmente é o que faço. Mas com os Clássicos da literatura, isto torna-se mais difícil para mim. Fico a pensar, "se são Clássicos, por alguma razão o é" e luto contra todos os instintos que coordenam as minhas mão e a força eléctrica que para elas o meu cérebro envia e faço o esforço de continuar a ler.
Houve vezes em que me arrependi: tenho o exemplo d'O Fantasma da Ópera de Gaston Leroux (meus Deuses e Musas, poderia o Raoul ser mais choramingas? A sério, o rapaz liberta as correntes de lágrimas a cada capítulo!) e do Norte e Sul de Elizabeth Gaskell (demasiado emotivo, para não dizer emocional), casos em que a adaptação para o ecrã foram das melhores a que já assisti por excluírem todos aqueles rios salgados.
Mas no caso de Dr. Jekyll and Mr. Hyde (e escrevo o título em inglês por o ter conseguido ler na língua original) de Robert Louis Stevenson foi um pouco diferente. Penso que todos os aficcionados pela leitura conhecem a história de Dr. Jekyll um médico honrado que, assombrado por uma estranha doença, desenvolve um antídoto que toma a forma de um ego secundário maléfico que ameaça tomar posse do seu corpo permanentemente. O médico era um fraco a meu ver (e há no meio da história um episódio com uma senhora a olhar pela janela que a meu ver poderia lá não estar, mas tudo bem), mas apesar de tudo, a história tem nexo e há muito menos choradeira que nos Clássicos acima mencionados.
Só por si, já é uma melhoria, a meu ver, mas independentemente de gostarem de baba e ranho, por que apesar de tudo as histórias em si são absolutamente fantásticas, Dr. Jekyll an Mr. Hyde é um Clássico que recomendo vivamente. E ainda mais se gostarem de terror.

Austen

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