domingo, 14 de abril de 2013

King + Liceu = Sangue

O liceu é um inferno. Como a minha homónima diria, estas é “uma verdade universalmente aceite”. Mas ninguém até hoje o conseguiu retratar melhor do que Stephen King. As suas explícitas e arrepiantes descrições ainda hoje permitem aos seus leitores sentirem os mais profundos calafrios sem terem que fazer um esforço maior do que virar as páginas das suas obras. Carrie não é excepção. De cariz de ficção científica, sobre uma adolescente detentora de poderes paranormais que acaba por destruir uma cidade inteira e embelezada com descrições explícitos de sexo e violência, eis uma breve descrição do terror inerente desta obra, vivido pelos seus personagens e, consequentemente, pelo público leitor.

Para aqueles que não conhece o livro pelo clássico consagrado que se tornou nos dias de hoje, Carrie poderia ser, para além do título, o nome da personagem principal, ou talvez, para aqueles que julgam saber inglês e que na verdade não sabem sequer construir uma frase, poderia ser uma forma do verbo “carry” (“carregar” ou “transportar”). Os primeiros estariam, obviamente, mais correcto que os segundos.

Carrie White, nascida Carrieta, é uma adolescente descendente de pais fanaticamente religiosos que, para além da tortura que vive em casa graças à sua mãe abusiva, vive um verdadeiro calvário todos os dias no liceu. Mas depois de comprovar que “carrega” (sim, eu sei, é um péssimo trocadilho) poderes telecinéticos depois de – mais uma – piada de mau gosto das suas colegas, as portas de um futuro e da liberdade parecem finalmente abrir-se de par em par perante os seus olhos. Isto, claro, até a rainha da escola Chris Hargensen decidir pregar-lhe uma partida durante o baile de formatura, indo longe demais e selando o seu futuro, o de Carrie e o de toda a comunidade.

Uma história deveras aterrorizante e repleta de significado e ironia, representa uma lição importante para todos os rufias e bullies que actualmente aterrorizam o mundo escolar. Tendo sido adaptada para a grande tela pelo menos duas vezes, tenho um grande prazer em informar os leitores mais e menos ávidos de Stephen King e de Literatura de terror em geral que este ano poderemos assistir a uma terceira adaptação. E desta vez, com todas as vantagens dos efeitos especiais que caracterizam o cinema norte-americano. Resta-me apenas, portanto, desejar a todos muitos arrepios.



Austen 

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