segunda-feira, 22 de julho de 2013

Distopia



Ao longo do tempo de vida deste blog reparámos que os nossos géneros de leitura diferiam bastante e durante a discussão que quem punha o quê e quando decidimos tentar uma abordagem diferente para o mês de Agosto.
Todas as leituras, independentemente de autor ou género focar-se-ão num tema. É algo de interessante como um ideal se pode arrastar e desdobrar sobre vários estilos de escrita, a perspectiva mudando de acordo com o género onde se encontra.

A escolha recaiu sobre a Distopia.

Esta entrada é uma explicação acerca do que se encaixa neste tipo de tema, sendo ele algo que está algo em voga hoje em dia. (Jogos da Fome/ Hunger games sendo um exemplo no género ficção cientifica roçando as áreas do fantástico.)

A Distopia revolve em redor de um mundo que, de acordo com a palavra grega que dá origem ao termo, é um mundo mau, geralmente criado quando algo, normalmente um interesse sociopolítico ou um ideal social, é levado a extremos e para lá dos extremos. É o que acontece quando uma Utopia (o mundo perfeito) falha miseravelmente em construção e conceitos.
Há variadas abordagens ao tema.
O autor pode criar a sua distopia desumanizando os habitantes do mundo, criando climas de medo do governo, uma sensação de constante observação, prisões colectivas, políticas e polícias brutais, banindo conhecimento, acesso à educação… Este é o caminho directo, mais óbvio, geralmente criando espaço para uma revolução, directamente uma vez que todos vêem o que há de errado mesmo que não tenham coragem para fazer muito acerca de tal.
Ou pode circundar a distopia dando-lhe uma máscara de utopia criada através de hipnose das massas, criando felicidade controlando a população através de drogas, falsa informação acerca do que se passa no mundo em redor, pregando acerca dos males da liberdade ou simplesmente deixando as pessoas felizes na sua escravatura porque passado séculos de distopia ninguém consegue ver para lá dela. Até que alguém quebre a norma e em seguida trabalhe para a revolução ou simplesmente para fugir.
Ou um terceiro caminho que assenta na separação de classes e ideais. A utopia de um pode ser a distopia de outro. Geralmente encontra-se em qualquer uma das vertentes sob a forma dos ricos que nada vêm de mal nos cantinhos onde confortavelmente ganham dinheiro e não são incomodados por seguirem ou fazerem as leis.

O que conversámos e as escolhas de que me informaram foram as seguintes:

A. Zamperini:
Fahrenheit 451, Ray Bradburry;
Laranja Mecânica, Anthony Burgess;

Austen
Darwinia, Robert Charles Wilson

K. Dalloway
O Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley

Sabine
O Ladrão da Tempestade, Chris Wooding

Sabine

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