segunda-feira, 10 de março de 2014

Brancas

Venho por este meio apresentar as minhas mais sinceras desculpas. É desta forma que a lei não-escrita da formalidade nos exige que comecemos quando redigimos um pedido de desculpa. Ou pelo menos foi assim que me ensinaram. Mas não é que a situação exija necessariamente o perdão dos leitores deste blog ou das minhas irmãs. Não é como se tivesse feito algo de errado, cometido um crime contra a humanidade por assim dizer. Não fiz nada que justifique na verdade tanta formalidade de expressão exceto que, na verdade, a minha própria consciência assim o dite. Sim, consciência. O 'inquilino', como diria a Mafalda do Quino, a quem cada um de nós aluga um espacinho no coração. E porque o 'inquilino' assim o exige, apresento as minhas desculpas a todos pela minha falta de pontualidade em colocar os meus posts.
Penso não ser a única a quem as 'brancas' surgem do nada. Qualquer aluno que se preze já se queixou de brancas durante os testes aos seus pais e professores. O escritores têm 'brancas'. E, infelizmente para nós, elas surgem a toda a hora. No meu caso, o meu cérebro tratou de empenar as minhas mãos desde o Entrudo e ainda não as libertou. Não é que não tenha lido desde então. A minha lista de leituras continua a ser proporcional à minha lista de livros lidos. Mas por alguma razão, falta a inspiração (perdoem-me a rima). A poesia nunca me atraiu, mas mesmo o chamado dos meus amados clássicos parecem mudas. Os intitulados (não sei por quem) best sellers não têm o mesmo atrativo que tinham meses atrás e restam-me apenas os livros que pretendem filosofar sobre questões do dia-a-dia. Mas, e vou ser sincera, acho que a população mundial já pensa, remói e filosofa o suficiente sobre o mundo atual para ter paciência para ler sobre o livros que falam do mesmo. Têm total liberdade para pensar o contrário, claro.
Na falta de livros para criticar e de temas sobre livros sobre os quais escrever, a falta de tema surge como um tema adequado para debater. É um mal do qual todos sofrem, que não tem cura (descoberta), e que influencia o nosso desempenho. Mas, uma vez que muitas vezes afectar também a data em que começo e acabo de escrever, sinto que devo pedir desculpa. Afinal, sejam elas brancas, azuis, vermelhas ou pretas, tenho a fama da minha homónima para manter.

Austen


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