Título Original: The Godfather
Autor: Mário Puzo
Editora: Bertrand Editora
Páginas: 704
Mário Puzo conta a história da familia Corleone de forma simples e dinâmica, onde situações concretas de pessoas
que se encontram em situação frágil, sendo o único traço em
comum entre elas, uma situação de absoluto desespero, para a qual
procuram a ajuda e a protecção de Don Corleone, ao qual passam a
chamar de “Padrinho”. A ajuda terá, obviamente, o seu preço, o
qual será cobrado na hora exacta. A pessoa que é ajudada coloca-se
sob a sua protecção, mas ficará, a partir daquele instante,
devedora de uma lealdade incondicional ao seu benfeitor. O tratamento
por “Padrinho” é sinónimo de uma afectividade da qual o
patriarca é credor, sujeitando os seus aficcionados à lei do
silêncio – a Omertà –
face às autoridades oficiais e instituições do Estado, já que a
Máfia continua a ser, como nos tempos medievais, um desafio à ordem
estabelecida, constituindo um sistema de justiça paralelo. A Omertà
protege este tipo de laços. Se esta lei é quebrada, cessa o dever
de protecção do “Padrinho”, ficando o delator sujeito
consequências que daí possam advir – a vendetta. Uma
punição implacável, cruel, mas sempre coerente. Para Don Corleone
a vendetta é um prato que se come frio, nunca esquecendo uma
ofensa, como os felinos, característica que é também típica do
temperamento sulfuroso e vulcânico dos sicilianos. Uma grande obra que deu origem à trilogia de Francis Coppola.
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