Título Original: And the Band Played On…
Autor:
Christopher Ward
Editora: Civilização Editora
Páginas: 272
Na madrugada de 15 de
Abril de 1012 o majestoso Titanic afundava-se enquanto Nearer, my God, to Thee entoava no vazio do Atlântico. Mil e
quinhentos passageiros morreram, entre os quais Jock Hume (violinista), e todos
os outros membros da banda.
Cem
anos mais tarde Christopher Ward, neto de Jock Hume, escreve a história da sua família e do impacto que a
morte do violinista da banda teve nas duas famílias escocesas.
Para
quem acha que este é mais um livro sobre o naufrágio do Titanic engana-se. O
autor não faz nenhum relato sobre o que aconteceu. O livro divide-se em duas
histórias: o que aconteceu após o naufrágio e como é que a família de Jock Hume
ficou após a sua morte. O autor vai sempre intercalando as duas histórias.
Os
relatos sobre o que aconteceu aos corpos das vítimas e de como, mesmo depois de
mortas, a sua condição social continuava a ditar a forma como seriam tratadas: dos
mil e quinhentos corpos só foram regatados 306, sendo que muitos deles eram de
pessoas de primeira classe, outros tantos ( por não haver espaço no barco que ficou
encarregue de trazer as vítimas) foram sepultados no mar. Após as vítimas
chegarem ao porto era enviada uma carta da White Star aos familiares ( o papel
continha o desenho do Titanic) a informar que o seu ente querido estava morto e
que a família teria que pagar pelo transporte do corpo para este poder ser
sepultado.
Jock
Hume morreu com a sua banda no naufrágio deixando Mary, sua noiva, grávida na
Escócia. Esta por não ser casada não tem direito a receber qualquer tipo de
subsídio que a do Fundo que a White Star criou para apoio às famílias das
vítimas do naufrágio. Mary envolve-se numa batalha legal para provar a
paternidade do seu bebé e ganha o processo contra o pai de Jock, Andrew Hume
professor de música, que tenta ganhar dinheiro à custa da morte do seu filho.
Um
livro que mostra como uma acidente pode separar e destruir uma família inteira.
Winter
.
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