Sherrilyn
Kenyon e Saída de Emergência
Existia
uma fã satisfeita que descobriu esta série primeiro em Português assim que a
Saída de Emergência lançou o primeiro volume. E então decidiu caçar os
restantes que ainda se encontravam em Inglês, lendo-os enquanto aguardava pelas
traduções. Sentiu-se bem e contente ao constatar que a série seguia a bom passo
e respeitava o original, que a tradução não tentava esconder ou dobrar os
termos que a autora utilizava no Inglês original.
(Apesar
da tradução ter optado por Daemon, aproximando-se do termo grego mais
comummente referido, em vez do Daimon pluralizado, pela autora, em Daimons, uma
outra fórmula de latinizar o termo. δαίμων
– Daemon, Dæmon e Daimôn)
E
então o oitavo volume foi lançado. E veio o seguinte… e o seguinte… e o
seguinte… e o pequeno não de desapontamento cresceu até um gemido e depois um
grito de horror ao ler a história de natal de Acheron e quando o irmão (Styxx,
já referido por esse nome no terceiro volume editado pela Saída de Emergência)
é referido como Estige… (como se não fosse mais que uma poça de água mitológica
conectando ao submundo…) isso matou-me. (Dêem a minha moedinha a Caronte e
avisem Hades que estou a caminho.)
Traduttore
– Traditore. Correcto. Ainda ando aos saltos a ver se consigo tirar a faca que
tenho espetada nas costas.
Sim,
a minha língua materna é o português e sim, a tradução não é algo mau, uma vez
que permite a leitura de livros que originalmente se encontram em línguas que
não compreendemos.
Por
outro lado tentar adaptar os termos e nomes que o autor dá às suas personagens
na minha opinião e espero que nas opiniões de outros, é um insulto para o autor
e a sua língua materna.
Há
certas coisas que não se podem nem devem traduzir há outras que se devem manter
e sendo estes livros uma série deveriam ao menos manter coerência interna… Mesmo
o glossário publicado em “À Solta na Noite” contem erros de continuidade criados
pela tradução.
O
plural de Daemon não deve ser Daemones. Soa mal, provinciano e vai contra o «Daemon»
sem plural (um Daemon, dois Daemon, demasiados Daemon) usados nos sete primeiros
volumes da tradução. Outra opção será ceder à pluralização do original acrescentando um humilde s.
Cajun
não são crioulos. É uma cultura crioula mas tem nome próprio.
A
companheira de casa de Tabitha é Marla e não Maria.
Demónios
Charonte porque Caronte é a personagem mitológica que leva as almas pelo
estíge. (o rio não a personagem. Referido acima devido à minha morte por
tradução.) Grafia semelhante nos nomes em inglês não exige tradução após
pesquisa.
Valerius
Magnus. Ele é Romano. Do Império. Nascido em 152 AC segundo biografia no site
da autora. Não Magno nem Valério.
Porque
raio são os Blood Rites, Ritos de
Sangue Azul? São referidos como de famílias de Escudeiros, quase nobreza, mas
não há referências a Azul em lado nenhum e qualquer Escudeiro com capacidade
mesmo não sendo de família pode aspirar à posição. Mais tarde no mesmo
glossário na entrada Ritos de Sangue, o Azul desapareceu. Poof.
Parceiro
do predador do homem? Longa palavra para Mate.
E “Jogos na Noite” usa a versão Companheira.
Predador
do homem Were-Hunters? Esta
incomoda-me simplesmente por soar estranho mas não consigo arranjar melhor…
Predadores Humanos talvez fosse a minha escolha.
Ponto
a favor do glossário Styxx aparece como Styxx. Hurra.
Não
vou queixar da tradução dos nomes do macarrão na “Sedução da Noite”. Aí
encontraram a saída aportuguesada mas ainda dentro do não-intrusivo para boobaroni (penironi fica na mesma. É tudo o que vou dizer.) Os termos de
mitologia grega mais abrangente e cuja grafia não foi alterada pela autora
podem reverter à sua fórmula portuguesa sem qualquer quebra na história e com
essa solução a minha mente vive bem.
O
site da Autora: www.sherrilynkenyon.com
Todas
as informações se encontram nele acerca de nomes, personagens, histórias,
continuidades, armas, citações, combates, datas de nascimento… Por favor… Já
bastam os males que sofremos devido ao Novo Acordo Ortográfico. Não tentem
aportuguesar termos quando traduzem de um original independentemente da língua em que se encontra…
Por
agora acabei de me queixar. Pergunta rápida… as histórias curtas cujas
personagens se encontram referidas no glossário vão ter uma tradução? E se sim
mantêm o formato E-book grátis que se encontra no site da Saída de Emergência
com “O Natal de um Predador da Noite”?
PS:
Todos os volumes referidos são primeiras edições.
Sabine