Ao longo do tempo de vida deste blog reparámos
que os nossos géneros de leitura diferiam bastante e durante a discussão que
quem punha o quê e quando decidimos tentar uma abordagem diferente para o mês de
Agosto.
Todas as leituras, independentemente de
autor ou género focar-se-ão num tema. É algo de interessante como um ideal se
pode arrastar e desdobrar sobre vários estilos de escrita, a perspectiva mudando
de acordo com o género onde se encontra.
A escolha recaiu sobre a Distopia.
Esta entrada é uma explicação acerca do
que se encaixa neste tipo de tema, sendo ele algo que está algo em voga hoje em
dia. (Jogos da Fome/ Hunger games sendo um exemplo no género ficção cientifica
roçando as áreas do fantástico.)
A Distopia revolve em redor de um mundo
que, de acordo com a palavra grega que dá origem ao termo, é um mundo mau,
geralmente criado quando algo, normalmente um interesse sociopolítico ou um
ideal social, é levado a extremos e para lá dos extremos. É o que acontece
quando uma Utopia (o mundo perfeito) falha miseravelmente em construção e
conceitos.
Há variadas abordagens ao tema.
O autor pode criar a sua distopia
desumanizando os habitantes do mundo, criando climas de medo do governo, uma
sensação de constante observação, prisões colectivas, políticas e polícias
brutais, banindo conhecimento, acesso à educação… Este é o caminho directo,
mais óbvio, geralmente criando espaço para uma revolução, directamente uma vez
que todos vêem o que há de errado mesmo que não tenham coragem para fazer muito
acerca de tal.
Ou pode circundar a distopia dando-lhe
uma máscara de utopia criada através de hipnose das massas, criando felicidade
controlando a população através de drogas, falsa informação acerca do que se
passa no mundo em redor, pregando acerca dos males da liberdade ou simplesmente
deixando as pessoas felizes na sua escravatura porque passado séculos de
distopia ninguém consegue ver para lá dela. Até que alguém quebre a norma e em
seguida trabalhe para a revolução ou simplesmente para fugir.
Ou um terceiro caminho que assenta na
separação de classes e ideais. A utopia de um pode ser a distopia de outro. Geralmente
encontra-se em qualquer uma das vertentes sob a forma dos ricos que nada vêm de
mal nos cantinhos onde confortavelmente ganham dinheiro e não são incomodados
por seguirem ou fazerem as leis.
O
que conversámos e as escolhas de que me informaram foram as seguintes:
A. Zamperini:
Fahrenheit 451, Ray Bradburry;
Laranja
Mecânica, Anthony Burgess;
Austen
Darwinia, Robert Charles Wilson
K.
Dalloway
O
Admirável Mundo Novo,
Aldous Huxley
Sabine
O
Ladrão da Tempestade,
Chris Wooding
Sabine
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