Título: O Guerreiro
Highlander
Autor: Monica McMarty
Editora: Planeta
Tradução: Irene Daun e
Lorena; Nuno Daun e Lorena
Aviso: Romance não
existe na realidade. É apenas uma ferramenta para vender livros
como este uma vez que, novamente, a realidade vale muito pouco.
Romance.
O género das pessoas que sentem o coração solitário. Ou simplesmente estão
demasiado desiludidas com o que as rodeia. Ou aborrecidas. Ou simplesmente
gostam de ler algo que as entretenha e não venha com um questionário escolar ou
um selo de intelectualidade arrogante. Romance Histórico. Quase roça a fantasia
mas ainda é «real» o suficiente para aqueles que não querem ser vistos como
demasiado distantes do mundo onde estamos enraizados. Pode não ter dragões mas
tem cavaleiros quando o tempo leva ao período medieval.
Pega-se
numa ou em várias figuras do domínio histórico cujos factos e existência foram confirmados
ou falados em lendas ou em livros da especialidade, aplica-se um face-lift histórico e um upgrade heróico, uma heroína com
personalidade vontade de se destacar da sociedade factualmente patriarcal e
cria-se o desafio, a caça, sedução, traições, política e trama.
A
maior parte das vezes é esta a fórmula seguida. Nalguns autores a personalidade
é subtraível no grande esquema da trama, para mal daqueles que os procurem. E
por alguma razão é esse vazio que atrai alguns leitores. Os porquês escapam-me,
mas as vendas são o que importa pelo que a prática se perpetua no ramo. Vendas
dependem de leitores e é-se então forçado a editar o que garante a
sobrevivência.
A
própria autora acrescenta uma nota, colocada pela edição no após a história,
explicando a origem da personagem e os factos históricos que rodeiam e dão
origem ao elenco e enredo, separando a realidade da sua ficção, providenciando
ao leitor a oportunidade de encontrar a História por si mesmo, mencionando a
pesquisa levada a cabo. A maior parte deles ou não se importa em avisar os
leitores, crendo-os inteligentes ou curiosos o suficiente para saber ou procurar,
ou concede-lhes essa cortesia.
Escócia,
1608, kilts, corpetes, espadas, cavaleiros, combates, homens atraentes,
publicidade do William Lawson’s… Algo por esta linha.
Jamie
Campbell, escocês, guerreiro, homem do rei, clã rival.
Caitrina
Lamont, herdeira de clã, dama, teimosa, capaz, amada.
Uma
série de acontecimentos não tão felizes, um clã destruído, Caitrina culpa Jamie
que não tem exactamente culpa, mas sendo um romance precisa de drama para
abafar os corações cor-de-rosa e vermelhos que flutuam no ar. Meio, meio, meio,
acontecimentos, mais drama, mais beijos, mais sexo e amor triunfa, tudo acaba
bem.
Desviando
o assunto nestes últimos momentos de escrita coloco a questão dos finais
felizes. Na minha visão de leitora todo o sofrimento tem de ter recompensa, um
final feliz ou agridoce mas com justificação plausível e que deixe o leitor
satisfeito. A realidade já é má o suficiente sabendo que a luz ao fundo do
túnel é apenas um comboio em aproximação prefiro não gastar o meu tempo a ler mais
uma coisa que me vai deixar de humor miserável.
Outros
livros do género pela autora:
(Traduzidos)
O Highlander
Indomável
Sabine
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