Autor: David Whitley
Editora: Editorial
Presença,
Colecção Via Láctea, nº 87, Julho de
2010
Tradução: Jaime Araújo
Aviso:
Tudo se vende.
Agora, cidade oculta,
secreta e fechada, rodeada por uma muralha, de onde ninguém entra e ninguém
sai. Tem a sua ordem e doze distritos que se dividem com a nomenclatura
temática dos signos do Zodiaco. É uma utopia baseada no ideal de que tudo pode
ser comprado ou vendido mas sem que o dinheiro seja o principal meio. Nem
existe o conceito ou a presença física de dinheiro. Vendem-se bens, pessoas,
pensamentos, ideias, emoções… imagine-se trocar o sentimento de raiva, ficando
completamente oco dele e conseguir-se comprar uma casa por exemplo. Por outro
lado até completarem doze anos as crianças também são universalmente
consideradas mercadoria.
O
capitalismo levado ao seu extremo o onde a reputação demarca o valor de uma
pessoa. Quem vende demasiado de si pode acabar nas ruas, vazio, sem emoções
desejos ou pensamentos. Mas e daí?
A
história começa com o encontro e confronto de um rapaz, Mark, comprado e criado
pelo maior astrólogo da cidade, eventualmente tomando-lhe o lugar e Lily uma
rapariga do extremo oposto que cria um asilo para aqueles que tudo de si
perderam e morreriam esquecidos.
Desejam
coisas opostas.
Mark
acredita firmemente na utopia onde vive, não desejando abandonar o seu posto, o
seu conforto e estatuto. Lily vê a cidade pela distopia em que se tornou e ao
ver que nada consegue fazer pelos que vivem no interior das muralhas nada mais
quer do que abandonar Agora.
Infelizmente
ambos os desejos aparentemente fazem parte do plano do Director.
Sabine
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